sexta-feira, 12 de outubro de 2012



Tenho momentos em que, sinceramente, nada sinto. O sofrimento acabou por se unir ao meu corpo, mas a verdade é que eu não o encontro. Não dou por ele. Passou a ser um hábito tê-lo em constante presença, que deixou de fazer diferença. Ficou sem importância. Ainda assim, o dia-a-dia tornou-se instável. Tanto me dá para sorrir como repentinamente para chorar. E, desta forma, eu deixo que a vida passe. Que os dias corram sem qualquer acção da minha parte. Não ouso mudá-los, porque todo o padecimento que possuo consome-me as forças. A vontade para falar sobre mim não existe, e também por isso, acabo por afastar os que me querem bem. Mas desculpem-me. Desculpem-me por me distanciar de tudo, incluindo até de mim. Mais precisamente do meu órgão vital, ignorando o que quer que seja que ele nutre. Pois eu limito-me a percorrer o caminho do dever, deixando o do querer para trás. Dou valor a razão, e desprezo totalmente o coração, porque neste momento eu não quero lá voltar. Receio fazê-lo, por isso, fecho-o. Revisto-o da melhor maneira possível para que o que lá estiver dentro não saia. Ainda assim, existem aquelas pequenas fugas. Grandes pedaços imensamente escuros ansiando por qualquer uma minúscula brecha.  Mas eu luto. Eu luto para não voltar a recordar. Para não te ver nem mais uma vez. Hoje, e amanhã, eu luto para esquecer.

36 comentários:

  1. Quando sofremos temos tendência a isolar-nos tentando evitar sofrer outra vez. É normal isso acontecer e o teu coração irá abrir-se lentamente sem ser preciso que faças nada. Irão aparecer pessoas, sejam familiares, amigos ou um novo amor que irão puxar-te de novo para o mundo: não só a ti como ao teu coração :)
    A pessoa a quem era dirigido aquele texto lê o meu blogue e tem também o dele, por isso praticamente escrevi dirigido a ele! No outro texto que comentaste a pessoa que refiro é claramente orgulhosa e não é capaz de dar o braço a torcer na questão de que o amor que ela vive não é o amor certo para ela. Mas bom, não sou eu que tenho de lhe abrir mais os olhos. Ela já nem para mim fala...

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  2. O mesmo que escrevi a ela, escrevo-te a ti. Estão a alimentar guerras desnecessariamente.

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  3. Calma, pequeno... Compreendo-te. Apenas se vocês se continuaram a cruzar assim então vai-te doer sempre.

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  4. Não me peças para não me preocupar... Tenho uma história e tem parecenças muito fortes com a tua. Ou seja, conheço quais as consequências da dor.

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  5. Pronto, desculpa se fui rude, chata, insensível ou algo do género e sempre que quiseres ou precisares o meu blog está de "braços abertos" para ti.

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  6. Obrigada pelos comentários sempre tão cheios de conselhos :) És decerto um ótimo amigo!

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  7. pequeno, é um género de nome carinhoso como querido ou assim, só isso

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  8. não desisti, e vou continuar a lutar até ter a certeza que não adianta mais. mas acho que estão a surgir resultados - bons - da minha persistência. obrigada coração!

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  9. vou continuar. sabes que tenho que agradecer, pela força, pelo apoio e pelas palavras!

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  10. *não sei se te cheguei a responder.*
    ando cansada... e, tu?

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  11. são as aulas pequeno. Muita coisa pra fazer :s
    Fico realmente contente que estejas mais calmo. Deu para tirar muitas conclusões por ter conversado tanto com ela como contigo. *

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  12. Quero que tenhas força e consigas seguir a tua vida, pois pelo o que vejo continuas atrás dela.

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  13. Tudo bem, mas como já te disse acho que não há necessidade de ter essa atitude.
    Obrigada Pedrinho (:

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  14. Não tens mesmo que agradecer. Continua a escrever a seguir a felicidade.

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  15. Ando no 12 ano, pequeno. Da tua parte foram boas, da dela... sem pouca escrita: devia de ter vergonha na cara e ganhar juizo.

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  16. Capacidade de suprpreender mas é sempre pra pior! Eu luto e hei-de continuar!

    Não pensas não sentes! Eu entendo que não querias mudar os teus dias, eu compreendo que tu tens medo que se os mudares, que seja para pior... E tal como me disseste, tens de continuar a lutar. Sempre, nem que seja para esquecer!

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  17. Eu sou muito preguiçosa então ainda não comecei :c

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  18. Que bom, Pedro e obrigada mais uma vez. Não deixarei, beijinhos

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  19. pra ter um horário de treta bastou no 10 e 11 ano u.u

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  20. Obrigada pelas palavras, e no fundo no fundo todos os meus textos de inspiração são em partes, a minha realidade, não muito mas a que sonho também. Entendes, não entendes? Obrigada, beijinhos

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  21. faz a revolução na tua escola, ahahah

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  22. Ainda bem e não desisto mesmo. Obrigada!

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  23. O problema envolve os meus amigos... Não sei bem do que falar mais!

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  24. Muito obrigada pelo comentário:)
    beijinhos xana*

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