sábado, 6 de julho de 2013


É difícil saber por onde começar. Existe tanto, mas ao mesmo tempo, nada para dizer, porque tu conheces-me. Sabes o quanto eu adorei passar mais uma tarde contigo, daquelas que já não passava há cerca de quatro meses. Sinceramente, há bastante tempo. Mas embora o tempo vá passando, mesmo contigo não estando sempre presente fisicamente, possuo-te constantemente dentro de mim. E a verdade é que eu não escolho isso. Sim, até já tentei, mas não resultou. Foi demasiado complicado ter de me despedir de ti antes de ir, quando eu, durante toda aquela tarde, nem sequer pensei nisso. O tempo ia passando e eu nem me lembrava que aquele tempo teria um fim. Já que o normal é o tempo não ter fim. Mas aquele tempo tinha. Somente queria que ele continuasse como estava a decorrer e que não tivesse um final. Porque realmente custa. Chega perto da hora de partir e cada segundo torna-se uma vida naquele instante. Uma vida de passagem curta. Demasiado curta. Porém, tento aproveitar todo esse pouco e escasso tempo que possuo contigo para poder olhar uma vez mais para ti. Para rever a tua face bela, a tua expressão tola e cada traço perfeito teu. O teu último sorriso! O tempo vai passando, mas aproveito cada segundo para me prender a ti só mais um pouco. Por fim, chega a hora de ir. De cessar o meu sorriso, de mudar o meu eu, e de revelar umas quantas lágrimas que sustentava desde o início daquela tarde. Lágrimas de saudade, tanto tua como minha. E nossa também. Porque como disse, já há muito que não me sentia tão bem. Tão simples e autêntico. Tão eu. Mas todo este eu devesse a ti como sempre se deveu.